Você lembra de ter jogado Fantastic, uma máquina
popular da Taito do Brasil no início dos anos 80? Pois saiba que na verdade você
estava jogando Galaga (1981), da Namco,
adaptada e rebatizada no Brasil. Ai vai algumas fotos da minha placa Fantastic uma raridade no Brasil
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Parte de cima da placa Fantastic |
Na época, era comum cada máquina de arcade ter sua própria placa,
que é o conjunto de componentes eletrônicos (essencialmente um
computador) que roda o jogo. Mas a Taito do Brasil não podia importar
livremente essas placas variadas, nem detinha a tecnologia para criar as
suas, então acabou definindo uma terceira via: as chamadas bootlegs.
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Parte de trás da placa Fantastic |
No começo, o que a Taito do Brasil fez foi, basicamente, conseguir um
suprimento de placas Moon Cresta (1980) desenvolvidas
originalmente pela Nichibutsu, e que haviam sido licenciadas para uso pela Taito no Japão.
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Parte de cima da placa Fantastic sem a placa de som |
As placas de Moon Cresta se prestaram a muitos
bootlegs
pelo mundo afora, por uma razão simples: tinham um conjunto de
componentes bastante completo e acessível na época, um pouco similares a
um versátil computador pessoal MSX (que ainda não existia): CPU Z80,
distinguindo RAM e ROM de programa, ROM de caracteres, RAM de sprites,
RAM de vídeo, RAM de cenário, etc.
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Placa de Som da placa Fantastic |
Padronizando em apenas um modelo de placa, ficava mais fácil para o corpo técnico da Taito no Brasil fazer seus próprios
bootlegs,
"bastando" dominar o processo de adaptar (quando feito para o Z80) ou
reimplementar os jogos de sucesso do exterior. Isso quando já não havia um bootleg pronto, feito em outros países por pessoas com objetivos similares...
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Parte de trás da placa de Som da placa Fantastic |
E foi assim que o jogo da Namco Galaga e de outras concorrentes internacionais da Taito chegaram, com outros
nomes, aos fliperamas brasileiros da época. E essa é a
FANTASTIC da Taito do Brasil